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Plástico: de mocinho a vilão

Por Bárbara Motta, Educadora e Bióloga

Em 28/11/2021 às 12:56:59

Feche os seus olhos e imagine a sua casa com todos os objetos possíveis de serem encontrados nela. Agora foque apenas nos objetos que são feitos ou tenham peças de plástico. Consegue quantificá-los? Muita coisa, não é mesmo? E se diminuíssemos o local a ser imaginado, como por exemplo, imaginar apenas a sua cozinha. Quantos produtos feitos ou que tenham peças de plástico você conseguiu contar?

O plástico está presente na composição e estrutura de muitos dos objetos que temos em nossas residências, trabalhos, na nossa vida de forma geral. Vai muito além da sacola plástica e da garrafinha. Encontramos nos acessórios de notebooks e celulares, em parte de móveis e automóveis e, inclusive, nas canetas e lapiseiras que usamos para escrever...

No século XIX, surgiram os primeiros exemplares de plástico, material flexível e resistente, feitos de processos químicos que utilizavam como matéria materiais biológicos. Mas foi no século XX, no ano de 1907, que foi desenvolvido o primeiro plástico totalmente sintético (feito à base de petróleo) e viável comercialmente. O responsável por esse feito foi um belga naturalizado americano, Leo Baekeland.

Como esse material possível de ser produzido e trabalhado em larga escala e com preço acessível, o uso do plástico facilmente expandiu em vários setores. Substituiu toalhas de mesa em restaurantes, vasilhames de vidro (mais pesado e quebráveis), possibilitou a criação de artefatos na área embalagens mais delicadas e frágeis, como por exemplo sacolas de papel. Na área da saúde são indiscutíveis os avanços proporcionados pelo uso de plásticos: a confecção de bolsas de sangue e todo o material utilizado para realização das transfusões sanguíneas, a substituição das seringas de vidro pelas de uso descartável, diminuindo assim o número de contaminações e transmissão de doenças pelo uso de materiais esterilizados incorretamente...

Mas essa relação de amor, ao longo dos anos ficou desgastada, e o que antes era um produto promissor, tornou-se vilão do meio ambiente. O seu descarte incorreto e a sua lenta decomposição, permitiu que ainda hoje possamos encontrar resquícios de lixo plástico do período da sua criação.


Não podemos negar a importância desse material para o avanço de diversos segmentos de nossa sociedade, mas precisamos refletir o motivo pelo qual a forma correta para descartá-lo não foi implementada da forma correta. O plástico é um material facilmente reciclável, bastaria que o processo de reciclagem tivesse recebido o mesmo investimento que os processos de produção e desenvolvimento do mesmo.


Nesse instante vivemos uma grande crise ambiental, no qual o plástico se apresenta como um dos principais agentes poluidores visíveis existentes. O impacto negativo à fauna e à flora existentes em diferentes habitats, principalmente o marinho, já é de conhecimento de todos e algumas medidas, ainda que tímidas, foram tomadas para minimizar esses danos, como por exemplo a proibição de uso de canudos descartáveis e o incentivo ao uso de sacolas retornáveis no lugar das sacolas de plástico. Mas, ainda assim, esses danos serão visíveis por muitos anos... Nesse caso, devido à sua decomposição lenta, as oficinas de reciclagem e, consequentemente, a recompra dessa matéria prima reciclada por parte das grandes empresas, apresentam-se como recursos indispensáveis à diminuição da poluição já existente. A diminuição ou a substituição do uso de objetos de plástico em nossas vidas também é uma prática que precisa ser colocada em prática. O planeta agradece!

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